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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

A DINASTIA DOS FARAÓS NEGROS


A DINASTIA DOS FARAÓS NEGROS

A DINASTIA DOS FARAÓS NEGROS

A dinastia dos faraós negros foi um período da história do Egito Antigo, entre os séculos VIII e VII a.C., em que o país foi governado por reis de origem núbia, uma região que hoje corresponde ao norte do Sudão e ao sul do Egito. Esses reis pertenciam ao reino de Kush, que se desenvolveu no sul do rio Nilo e manteve relações comerciais e culturais com o Egito desde o Médio Império.

No final do Novo Império, o Egito entrou em um período de decadência e fragmentação política, sendo dominado por povos estrangeiros, como os líbios e os assírios. 

Aproveitando-se dessa situação, o rei núbio Piye iniciou uma campanha militar para conquistar o Egito, partindo de sua capital, Napata, em 730 a.C. Ele derrotou os governantes locais do Alto e do Baixo Egito e se proclamou faraó, fundando a 25ª dinastia egípcia. Ele foi o primeiro dos chamados faraós negros, que reinaram por cerca de 75 anos.
Piye foi sucedido por seu irmão Shabaka, que transferiu a sede do poder para Mênfis, no Egito. Ele realizou diversas obras públicas, como templos, estátuas e diques, e adotou os costumes e a religião egípcios. Ele também enfrentou a ameaça dos assírios, que tentavam expandir seu império para o Oriente Médio e a África. Shabaka formou uma aliança com os hebreus e conseguiu deter o avanço assírio em uma batalha em Eltekeh, em 701 a.C.

O sucessor de Shabaka foi seu sobrinho Taharqa, filho de Piye. Ele foi o mais famoso e poderoso dos faraós negros, e também o que mais deixou monumentos no Egito e na Núbia. Ele construiu pirâmides, templos, capelas e esfinges, e restaurou antigas edificações egípcias. Ele também foi um grande guerreiro, que lutou contra os assírios em várias ocasiões, defendendo o Egito e seus aliados. Ele chegou a ser mencionado na Bíblia, como o rei que salvou Jerusalém do cerco assírio.

No entanto, o poder dos faraós negros começou a declinar no final do século VII a.C., devido à pressão dos assírios e à rebelião de alguns governantes egípcios. O último faraó negro foi Tanutamon, que tentou reconquistar o Egito, mas foi derrotado pelos assírios em 663 a.C. Os assírios saquearam e destruíram várias cidades egípcias, como Tebas, Mênfis e Napata, e expulsaram os núbios para o sul. A dinastia dos faraós negros chegou ao fim, mas deixou um legado de cultura e resistência para a história do Egito e da África.

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